quinta-feira, 31 de agosto de 2017

PORQUE SOMOS INCOMPLETOS



Basicamente, e isso acontece em toda a sociedade, foi por isso que saí do Hare Krishna, há décadas já : o símbolo suplanta a realidade, a palavra se tornou mais importante que a Natureza, mais que as próprias pessoas, que estão se desvalorizando cada vez mais.

Então, ao invés de exercer a sua função, viver a vida normalmente, observar os fatos, o que acontece ( sem presumir nada, sem adiantar "fatos" que não existem ), ao que reagem as pessoas, como estão assumindo as atitudes que praticam ? Ora por status ( palavra sofisticada, né, a posição que a pessoa está socialmente, seja numa hierarquia - em casa, dentro de uma empresa, na rua, em ser considerada "mais importante" - seja por um "padrão" - tem mais dinheiro, um carro melhor, uma casa  ), ora por se apegar a símbolos e palavras, e não aos fatos objetivos, que realmente estão ocorrendo. Essas pessoas estão valorizando a diferença, e não a igualdade humana. Não vá você agora também reagir a essas palavras, sem saber com exatidão do que se está falando. . .

Se você não considerar a igualdade humana, básica, está proclamando e defendendo a INJUSTIÇA, e é grandemente responsável - e culpado - pela desvalorização do ser humano, que está aumentando na sociedade, o porquê se matam as pessoas, há tanto estresse, tanto comportamento estranho. Não se está proibindo, com isso, de uma pessoa ter uma aquisição assim-assim : ela pode ter uma casa melhor, um automóvel, e até mais dinheiro por habilidade própria, sem se jactanciar "melhor que os outros" por isso. É a atitude o que está errado, e as consequências disso, uma falsa moral que se impõe sutilmente e dessa forma em diante.

Temos diferentes habilidades, em algumas desenvolvemos mais, em outras somos menos habilidosos. Isso é uma coisa. A outra é, em função disso, desvalorizar os demais : por um constrangimento eventual que se produza, por impedir alguém de um mérito próprio ( alguém que estava/está "abaixo de seu status", de seu padrão ), uma simples e eventual atitude, um gesto podem causar isso, uma imposição, um constrangimento. e desnecessariedades do tipo.

O que começou a acontecer, naquele ano, no Hare Krishna ? Estava tudo tão bem. . . e, de repente. . . Certamente, por questões de ampliacionismo - tais como as igrejas ( "evangélicas" e tantas mais "novas" ), e nas empresas, que acabam praticando imjustiças impensadas, inescrupulosidades, porque, numa Falsa Economia dessas, em que se vive, acaba-se sempre se resvalando em desonestidade, em atitudes precipitadas e impensadas, em muitas e falsas "mudanças repentinas", que "os tempos exigem", em "atualizações constantes", em que a pessoa nem dominou algo, uma tarefa, uma tecnologia e já aparece "outra", pura estratégia de consumo, de venda, de forçar as pessoas a "se atualizarem", quer dizer, viver sempre correndo, sem tempo prá nada, nem de pensar a própria vida, de considerar os aspectos mais essenciais do viver. Depois estranham mesmo, né ? Tanto "comportamento estranho" ( que base, que educação, estão tendo os seus filhos ? Que segurança - no trabalho, na escola ? Qual a qualidade no relacionamento familiar ? Há diálogo ? Por "diálogo", quero dizer, uma conversa educada, onde cada lado tem a sua vez, e cada um considera, ouve bem, o que o outro diz. Que observem bem os fatos, o que se passa realmente, e sejam pertinentes no que dizem, nessa conversa - eventual que seja ). 

No Hare Krishna, estavam "iniciando brâmanes" à granel, por assim dizer, questões financeiras e econômicas, sem dúvida nenhuma, estavam sendo consideradas, em termos de ampliação : mais templos, mais gente, tal como as igrejas, que já andam se transformando em comércio e propaganda. E certas práticas nas empresas, em que se ignoram os problemas de cada um, e desfavorecem os funcionários para "atingirem os seu objetivos" ( geralmente, lucro, dinheiro ). Quer dizer, acabam produzindo injustiça, e "honestidades" calculadas pelas brechas da legislação, além de muita inescrupulosidade.


Dinheiro tornou-se um símbolo muito forte, de "vida e de felicidade" ( em alguns casos, de "vida ou morte" ), ao invés de cumprir a sua simples função social, de trâmite de produtos e serviços, mais nada ( e com justiça, claro, honestamente ). Mata-se por dinheiro. Maltrata-se os demais, criam-se inimizades e desentendimentos. Indisponibilizam-se emocionalmente para uma vida saudável, de onde o estresse, a intolerância, a perda de paciência das pessoas em geral, o saco cheio.

Há inúmeras instâncias sociais que se tornaram "complexas", além de burocráticas demais, também nocivas e até mortais, letais, por essa falsa cultura e falsa economia, que só uma mudança essencial e autêntica na política econômica pode solucionar : aposentadorias, heranças, planos de seguro e de saúde e coisas assemelhadas, só para iniciar uma grande lista de más práticas sociais e organizacionais, institucionais, que nunca se resolvem.

O símbolo, a palavra tornaram-se mais importantes que pessoas. Se falar-se em dispensar a letra "h", do início das palavras, em nosso idioma, por ser uma letra ociosa, sem significado, sem utilidade, os intelectuais, e profissionais das letras, podem não admitir, por estranharem - "omenagear", "omólogo", "armonia", etc. Mas, mandar alguém embora da empresa, que é um fato funesto para uma família, que repercutirá negativamente na sociedade, e causará sofrimento, ah, isso é só "dois palitos" : a pessoa, o funcionário, tornou-se nada mais que uma simples peça na máquina organizacional, um "parafuso". As organizações se tornaram importantes, "deuses" em nossas vidas, e o indivíduo desvalorizado, a pessoa humana, cidadã e pessoa natural, que sente, que vive ( que deveria viver, né ? ).

As máquinas correm. Os computadores são eficientes, não são "mais inteligentes" que o ser humano, são mais eficientes, mais rápidos. Idéias prontas, fórmulas, que precisam ser muito repetidas, tudo isso foi automatizado. Mas querem exigir agora que as pessoas "corram atrás", que "acompanhem as mudanças", que as pessoas acompanhem o ritmo das máquinas. Quer dizer, ao invés das máquinas, do computador, servir às pessoas, promover a sociedade a uma melhor qualidade de vida, facilitar a vida de todos, estão querendo exigir que as pessoas sejam "mais rápidas que os computadores", que "se atualizem", mal acabaram de "se atualizar" na tecnologia anterior, frequentemente nem isso, nem se atualizaram ainda no que estavam, e já vem a mudança. Estão querendo padronizar isso também : que as pessoas mudem a cada período X. Que "essa é a realidade". Gente : nenhuma "realidade" vai mudar, para melhor, a sua vida, o aspecto natural da vida, se não estiver perfeitamente em harmonia com a vida natural. Nada suplantará os ritmos e ciclos próprios da Natureza, é a realidade objetiva da vida e da natureza que determinam, melhor, as nossas vidas, as nossas práticas. O que melhor pode fazer a tecnologia é superar obstáculos - naturais e culturais, mas sem jamais perder essa harmonia, a essência do que somos, cada um de nós ( a essência de ser humano, e não os hábitos a que a tradição já nos acostumou, nos condicionou ).

Observe que, em meio a tanta "necessidade de mudança", o mais essencial e básico ( que precisam, com urgência, mudar ) NUNCA muda : está mais do que na hora de se praticar uma Nova Economia, uma nova forma - não "qualquer nova, qualquer mudança", só por ser "diferente" - de se praticar os negócios ( os trâmites de produtos e serviços ) por Auto-Crédito, cujos aspectos e repercussões considero em todos esses blogs, e que você próprio, ao imaginar um pouco e tomar melhor conhecimento disso, pode verificar., que impliquem melhor justiça, mais humana, mais honesta, mais real e objetiva, onde não se precisa nem tocar, usar dinheiro ( em papel e moeda ) e nem mesmo "consultar o seu saldo", pois TUDO ficará mais facilmente disponível a todos, e a sociedade ganhará uma dinâmica mais natural, mais normal, ao invés dessa constante "estagnação" e "insegurança", "instabilidade econômica", de negócios emperrados, de falta de oportunidade, de tantas e inúteis promessas em que, primeiro, pedem prá você "se inscrever", antes de explicitarem do que se trata, só prometem, pois querem os seus dados e informações para negociarem com terceiros, para "compor estatísticas" e dessa forma em diante.






 

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

IMPESSOAL



O poder da razão sobre o poder da força, em todos os meus blogs e postagens, não significa "o intelecto sobre a força muscular", "o racional sobre o irracional", "o poder dos mais racionais e lógicos sobre os menos racionais" e nem de imposição nenhuma - significa, só, que o bom senso mostra a razão da própria vida, que não é necessário impor nada a ninguém, nem "ser superior ou inferior" a ninguém. Já defini em outras postagens esses termos.

domingo, 6 de agosto de 2017

CONCEITO AUTÊNTICO DE ENSINO ESSENCIAL

E de Educação.

Ensino essencial, pode-se definir bem, como sendo o máximo de evidência e sabedoria com o mínimo conhecimento.

A Lógica é essencial nesse sentido. É mínima, muito pouco conhecimento, mas que evidencia eficientemente, suficientemente, o conhecimento. É o melhor instrumento que se tem para um conhecimento exato e autêntico, e para novas descobertas e consequências do que se sabe. Por isso, é um dos pilares da Ciência.

Entretanto, falta a segunda parte da definição, mesmo na lógica : sabedoria, que diz respeito ao seu uso e aplicação, ao uso do conhecimento no bom senso e a favor da vida.

As duas coisas, sabedoria e conhecimento, definem também a educação e a evolução humana : conhecimento e sabedoria, progresso e evolução.

É de se notar o grande poder da Lógica : com esse mínimo de conhecimento, alcança-se um tremendo progresso. Toda a tecnologia e ciência, autêntica e essencialmente, é lógica.