sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

SALÁRIO ESTUDANTE JÁ !


SALÁRIO ESTUDANTE JÁ !


Se for observar, na maioria das empresas, os funcionários não exercem nem metade do esforço de um estudante, mesmo estando ocupados o dobro do tempo ( menos que isso, dado que estudantes ainda têm tarefas domésticas e pesquisas a serem realizadas, trabalhos escolares a serem entregues )
O Conhecimento, ainda que seja ministrado inadequadamente – até por óbvias razões, em certo grau – no Ensino tradicional, parece uma dádiva dos céus, um direito incrível, interessante, e oferecido a todos quantos se interessarem suficientemente. Entretanto, mal sabem os alunos o que os aguardam : quase tudo o que aprendem é inútil na empresa em que encontram ( e haja burocracia, e mais testes, e desconfiança, e tantos traços de perfil a serem considerados – prá não falar do “desemprego” ), por uma bagatela de salário, para serem explorados, “darem a cabeça” para interesses empresariais que até desconhecem, no final das contas. As empresas se apropriam da vida das pessoas, afetam demais as famílias e destroem a privacidade, a autonomia e a independência das pessoas, destroem a liberdade, são agentes da falsa economia e, mesmo um patrão ignorante acha-se “dono do conhecimento”, pois “está pagando por isso”. A isso são condicionados os alunos, os profissionais – principalmente os de Cursos superiores. E ainda acham caro o serviço de um consultor de empresas, de negócios, que pode promover uma empresa para sempre, e a um ganho muitas vezes maior ( só um pouco mais que fosse ), e não são valorizados. Podem promover ecológica e economicamente, o mesmo os serviços de tecnólogos ( principalmente de sistemas ), que desprezam, desconfiam e, quando precisam em uma emergência, tentam contar como um mero“quebra-galho”,sem pagamento, como se fora uma obrigação – muitas vezes com chantagem, sob o medo do desemprego “se não fizer o que mandam”. Com a dignidade profissional que adquirem nas faculdades ( apenas psicológica no final, né ? ), agora até passam vergonha, diante dessa realidade de um falso poder econômico. Dessa forma, alunos e profissionais não são donos de si mesmos, estão submetidos a uma adaptação a interesses alheios, sem muita noção do que produzem, e o que a empresa em que trabalham promovem para a sociedade. No Setor Público, os governos querem para si todo o mérito de uma boa idéia, de algo que solucione um grande problema, tal o caso das Compras Eletrônicas do Governo, que favorecem a todos : os setores públicos ( o atendimento mais rápido e seguro, e a eliminação de desonestidades e abusos ), o governo ( menos gasto e mais autenticidade, melhor correspondência entre necessidade e compra ) e os fornecedores ( que recebem mais rapidamente, no ato da entrega, desde que cumpra com as especificações ) – todos saem ganhando, menos o idealizador, o criador desse dispositivo, que fica, quando muito, com um certificado de papel, talvez com uma medalhinha de ouro, e mais nada. Aliás, desde o término do Ensino Médio, ninguém está perfeitamente, objetivamente, informado sobre a profissão que escolhem, nem sabem se é a melhor para si mesmos, mal sabem do que se trata. Geralmente, acabam escolhendo porque “essa dá grana”, “essa é bem aceita no mercado, não falta emprego, não falta oportunidade”. Assim imaginam, assim foram, de alguma forma, informados e, mesmo assim, essa questão vai do momento, tal uma moda : em algum período, a “preferência profissional”, a de maior procura, é diferente – sabe-se lá por que critérios! Espalha-se que é a que “está dando dinheiro”.
E. . .   o que há de qualidade de vida - o que há de melhor, mesmo só considerando o aspecto mercadológico, de produtos e consumo - que não tenha sido por estudos ? quer dizer, por estudantes, né ?