TIRAR,
causando prejuízo, e sem DEVOLVER,
sem respeitar a
Ética da Vida, é roubo,
extorsão, prejuízo.
Essa
definição é válida amplamente, seja em relação à Natureza,
seja em relação aos demais seres humanos, à sociedade.
Um
produtor TIRA
da Natureza os elementos e as substâncias para produzir os seus
produtos, com a intenção de distribuí-los e levar uma vantagem com
isso, ter a justa e devida compensação pelas atividades nas
transformações – das matérias-primas em produtos.
Esses
elementos e essas substâncias, enquanto são abundantes em seu
domínio ( do produtor ), e as atividades produtivas não estiverem
provocando estragos – erosões, contaminação do solo e da água,
do ar – e nem os seus produtos e embalagens – lixo, enchentes, e
dessa forma em diante, ele não deve NADA à Natureza, está agindo,
até aí, dentro da Ética da Vida, e esses elementos e substâncias,
em algum momento e de alguma forma, já estão sendo devolvidos à
Natureza ( no final das contas, TUDO está sendo devolvido à
Natureza, até os nossos corpos, depois da morte ).
Enquanto
suas atividades são realizadas, energia e esforço estão sendo
TIRADAS
de algo e de alguém. As pessoas envolvidas esperam, com isso, e de
uma forma justa, DENTRO DA ÉTICA DA VIDA, serem, também elas,
compensadas por isso. O proprietário, que idealizou, que promoveu
toda a montagem e construção de seu negócio, também espera ser
compensado por isso tudo, como o principal responsável e autor. E é
graças à existência dos consumidores de seus produtos e serviços
que essas compensações são possíveis. É preciso transmitir
valor para receber valor.
Dessa
forma, todos – sem exceção – têm o seu valor : proprietário,
funcionários e consumidores. Sem um, sem uma dessas categorias, não
existe a outra. E só funcionam bem, nesse aspecto de
produção-consumo, e perfeitamente, dentro da Ética da Vida : sem
ninguém produzir prejuízo a ninguém, sem TIRAR nada de ninguém,
nas atividades e nas negociações, que não seja devidamente
DEVOLVIDO, COMPENSADO.
A
Cultura Humana, a Sociedade, não é uma mera extensão da Natureza,
e não funciona igualzinho, ainda que isso pareça um “ideal
humano”, e por aí se orienta toda a humanidade sem jamais chegar a
essência do ser e do agir. Portanto, não é imitando a Natureza,
muito menos se incorrendo na “evolução” animal, que se encontra
a perfeita forma de viver humana, embora toda atividade humana,
principalmente o progresso tecnológico, deva se orientar sempre em
harmonia natural, observar essa harmonia diligentemente, e não
“abandoná-la” como algo “à parte”, “inferior” ou
“oposta”, sempre “a ser vencida”.
E
DEVOLVER não significa TIRAR de um grupo, de uma classe de pessoas,
e COMPENSAR outra [ mas ] coletivamente, interpretando que “o que
está TIRANDO da sociedade, está ‘devolvendo à sociedade’ “
como fazem as políticas em geral, tentando mostrar, com isso, “que
procura sempre um equiíbrio”.
As
atividades precisam ser compensadas, tão logo realizadas. O que se
gasta e o que se usa, no dia-a-dia, é energia escoando, é o nosso
espaço de vida, de cada um de nós, e que acontece momento a
momento, e não “por prazos”, por esperas e expectativas, por
crenças e promessas : estamos agindo no dia-a-dia, em cada momento,
e estamos em atividade produtiva todos os dias.
Uma
Economia Autêntica, mais autêntica que a atual, observa todos esses
aspectos essenciais da vida, a perfeita e exata relação do ser
humano com a Natureza, e as relações dos seres humanos entre si –
da sociedade, isso é sociedade. A relação do Progresso com a vida,
com a sociedade, que é cada um de nós. O Progresso que visa um
controle coletivo, além de se incorrer – constantemente – em
injustiças, em formas tortuosas de “compensação” e em falsas
relações humanas, e numa economia sempre instável, não está
observando a harmonia natural e nem agindo dentro da Ética da Vida.
Não está sendo uma autêntica economia, de seres sábios e
inteligentes, de seres racionais e evolucionários. Nessas variadas
formas da Falsa Economia, a base é o TIRAR sem DEVOLVER, é o roubo,
a extorsão, o prejuízo – e tudo dentro de regras e regulações,
dentro de “leis e contratos”.
A
chuva é considerada “boa”, até “um Bem Divino”, porque sem
ela não temos alimentos e nem água potável. É considerada “ruim”,
um inconveniente, se temos que passar por um trajeto sem proteção,
sem um guarda-chuva, se no momento exato de uma saída, ela é um
transtorno para o que quer que seja que estamos realizando. E é
considerada “um grande mal”, até “Diabólica”, no caso de
uma enchente, de uma vítima de um raio e de alguma catástrofe, de
goteiras em uma moradia mal construída, mal arquitetada, construída
sem conhecimento.
Oras,
a chuva não é boa e nem ruim ( ela não pensa, não intenciona e
nem está perseguindo e doutrinando ninguém ). Entra, então, a
sabedoria humana e o conhecimento. Tudo o que temos que saber é a
nossa mais autêntica relação com essa chuva ( e com qualquer outro
evento e característica própria da Natureza ), e agir conforme a
circunstância, conforme a condição em que nos encontramos, o
conhecimento que temos. Agir sabiamente. Prevenir-se. Um pouco de
estudo – o essencial – sobre as características e modo de ser –
da chuva e da Natureza em geral – é o que pode nos ajudar muito,
para se viver melhor.
O
conceito de auto-crédito
que, se não for praticado agora, por educação, como já deveria
ter sido praticada há muito, será forçosamente praticada como a
única forma de prática nas negociações em um futuro bastante
avançado tecnologicamente, onde praticamente tudo será produzido
por máquinas e robôs : não haverá necessidade, então, de
trabalho humano. Mas – e quem consumirá tanta produção de
artigos e produtos, até de alimentos, sem dinheiro, sem ter de onde
TIRAR, nesse beco sem saída para onde se orienta e caminha essa
tradicional e falsa economia ?
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O QUE É AUTO-CRÉDITO ( VEJA ABAIXO O QUADRO, LEIA AS DEMAIS POSTAGENS SOBRE ESTE IMPORTANTE ASSUNTO, E CONSIDERE COMO TUDO SE ENCAIXA BEM, EM ORDEM, EM TODOS OS ASPECTOS DA VIDA : NA QUESTÃO DA JUSTIÇA E DA SAÚDE, NA EDUCAÇÃO, NAS NEGOCIAÇÕES DO DIA-A-DIA, NO VIVER DIÁRIO DE CADA PESSOA NATURAL E CIDADÃ, EM TODOS OS ASPECTOS E ÂMBITOS DA CULTURA E DA SOCIEDADE )